Ontem levei Felipe para vacinar.
O posto de vacinação é perto, mas não o suficiente para ir à pé.
Fica em um hospital onde não há vagas para estacionar.Rodei meia hora saí, desisti, voltei e achei uma vaga na sombra.
Ele passou a noite enjoadinho, com febre.O marido deu uma força ficando com ele de madrugada.
Hoje ele está bem, dormiu a manhã inteira o que foi ótimo pois precisei sair e não gosto de deixa-lo só com a empregada.
Ele tewm uma cara sapeca que só vendo, agora que aprendeu a virar de bruços não quer fazer outra coisa.Sábado estava dormindo de bruços, perfeitamente confortável.
Fico triste quando penso que logo voltarei ao trabalho...
Por que caderno colorido? Antigamente era assim que as damas escreviam suas percepções:em um bonito caderno todo enfeitado que muito tempo depois era descoberto por alguém da família.Estou longe de ser uma dama,mas aqui farei o rascunho da vida. Talvez um belo dia meus filhos ou netos acabem descobrindo este espaço e me conheçam melhor e descubram coisas que eu nunca soube dizer
terça-feira, novembro 28, 2006
quinta-feira, novembro 23, 2006
terça-feira, novembro 14, 2006
primavera dói
Não gosto muito muito da primavera aqui em Brasília.Não sei, acho que não combina.
Fica uma luz tão forte,uma memória que quase vem a consciencia mas que não chega nunca, uma certa angustia.
Prefiro os meses de seca.Combina mais com o cerrado,é quando as mais belas flores aparecem por aqui.
O clima hoje me dá a impressão de uma gilete cortando a pele.
Os cheiros e os barulhos ficam tão fortes!
Sou uma pessoa de gestos e emoções discretas.
Como o outono....
recomeçando
Não aguentei ficar muito tempo sem um blog.
Sinto falta de escrever, mesmo não sendo brilhante com as palavras.
escrever me justifica, me esclarece. Acabo de ter um filho e durante minha gravidez,por mais estranho que pareça, enjoei do micro.Não suportava nem ve-lo ligado.
Talvez este blog não seja tão visitado quanto o anterior, mas não tem problema.Quero faze-lo mais intimo, mais sincero.Terá menos imagens, para não ficar tão pesado quanto o anterior, que só podia ser visualizado com banda larga.
Não estou triste, mas não faço mais o tipo feliz toda vida.Nem preciso.Estou cansada de parecer tão calma.Mais tarde explico minha estranha relação com a tranquilidade.
Por que caderno colorido?
Antigamente era assim que as damas escreviam suas percepções:em um bonito caderno todo enfeitado que muito tempo depois era descoberto por alguém da família.Não sou uma dama,mas este é o espaço onde farei o rascunho da vida.
segunda-feira, novembro 13, 2006
aconchego
Estou quase no final de minha licença gestante.Estes momentos mágicos estão chegando ao fim.
É tão bom ficar com meu bebê, nutrindo-o,amando-o vendo cada pequena mudança em seu semblante, cada pequeno progresso que ele faz.
Ele se parece comigo. Ao abraçá-lo sinto uma familiaridade maravilhosa.Vivo abraçando, beijando, falando com ele.Tenho um luxo de contar com uma boa ajudante que cuida de tudo em casa pra mim, deixando meu tempo durante o dia totalmente disponível à ele.
À noite o marido e a filha chegam e outro bom momento se inicia. Dividir meu amor com outros seres amados.
Felipe adora a irmã de três anos e vice-versa.
Eles riem juntos, mesmo sendo tão pequeno ele já interage com ela.Acho que serão grandes amigos.
Estou feliz.Sei que estes momentos preciosos se tornarão raros quando eu voltar a trabalhar.
Talvez seja até melhor, para que ele cresça forte e independente.
Minha filhota que o diga.Quase morro de tristeza quando voltei a trabalhar e precisei deixá-la em uma creche.Mas hoje vejo que foi o melhor.Ela é alegre, segura, gosta de aprender e tenta fazer tudo sozinha.
Fico pensando em como eles serão daqui a vinte anos e só tenho um desejo: que sejam felizes. Sei que provavelmente a minha visão de felicidade não será a mesma deles, que farão escolhas que para mim serão incabíveis e peço a Deus que me dê sabedoria para respeitá-los.
É tão bom ficar com meu bebê, nutrindo-o,amando-o vendo cada pequena mudança em seu semblante, cada pequeno progresso que ele faz.
Ele se parece comigo. Ao abraçá-lo sinto uma familiaridade maravilhosa.Vivo abraçando, beijando, falando com ele.Tenho um luxo de contar com uma boa ajudante que cuida de tudo em casa pra mim, deixando meu tempo durante o dia totalmente disponível à ele.
À noite o marido e a filha chegam e outro bom momento se inicia. Dividir meu amor com outros seres amados.
Felipe adora a irmã de três anos e vice-versa.
Eles riem juntos, mesmo sendo tão pequeno ele já interage com ela.Acho que serão grandes amigos.
Estou feliz.Sei que estes momentos preciosos se tornarão raros quando eu voltar a trabalhar.
Talvez seja até melhor, para que ele cresça forte e independente.
Minha filhota que o diga.Quase morro de tristeza quando voltei a trabalhar e precisei deixá-la em uma creche.Mas hoje vejo que foi o melhor.Ela é alegre, segura, gosta de aprender e tenta fazer tudo sozinha.
Fico pensando em como eles serão daqui a vinte anos e só tenho um desejo: que sejam felizes. Sei que provavelmente a minha visão de felicidade não será a mesma deles, que farão escolhas que para mim serão incabíveis e peço a Deus que me dê sabedoria para respeitá-los.
Baú da memória
Tem um lugar em minha memória onde guardo o que me é mais precioso.Como um baú trancado a chave.Alí estão as coisas que me são mais caras ou que me foram- mas que ainda mantém a relevância:
Meu aniversário de três anos, o último que comemorei por um longo período.
Aprender a andar de bicicleta sozinha.
O primeiro 10 em matemática.
Descobrir que a menina feia e inadequada havia se transformado em uma bela adolescente.
O primeiro beijo e todo o resto....
A primeira viagem sozinha.
Passar no exame de motorista.
Descobrir que tinha amigos de verdade.
O primeiro carro.
Descobrir que ele me amava (e ainda ama) de verdade.
Exame de gravidez positivo.
Ecografias.
O chorinho da minha filha ao nascer.
Ser chamada de mãe.
Exame de gravidez positivo!
Ecografias.
A felicidade do meu marido ao voltar à sala de parto com nosso filho nos braços.
Foi meio difícil reduzir essas lembranças em pequenos tópicos, pois envolvem tantos sentimentos.
Mas é bom deixá-las gravadas.
A vida passa muito rápido e se deixamos o tempo leva tudo, apaga as lembranças. Como nuvens que encobrem o sol.
Durante esta doce tarefa, muitos momentos vão voltando a minha memória, como a luz do sol escapando por entre as nuvens e desejo ampliar a lista.
Acho que meu baú de boas lembranças está mais cheio do que eu pensava.É um exercicio maravilhoso, pois me é muito fácil lembrar os maus momentos, faço isso automaticamente, mas os preciosos momentos, ah, estes são como roupas e louças de gala: só aparecem de vez em quando.Não quero mais isso: quero usar tudo o que é bom o tempo todo.Chega de lembranças e calças surradas!
Meu aniversário de três anos, o último que comemorei por um longo período.
Aprender a andar de bicicleta sozinha.
O primeiro 10 em matemática.
Descobrir que a menina feia e inadequada havia se transformado em uma bela adolescente.
O primeiro beijo e todo o resto....
A primeira viagem sozinha.
Passar no exame de motorista.
Descobrir que tinha amigos de verdade.
O primeiro carro.
Descobrir que ele me amava (e ainda ama) de verdade.
Exame de gravidez positivo.
Ecografias.
O chorinho da minha filha ao nascer.
Ser chamada de mãe.
Exame de gravidez positivo!
Ecografias.
A felicidade do meu marido ao voltar à sala de parto com nosso filho nos braços.
Foi meio difícil reduzir essas lembranças em pequenos tópicos, pois envolvem tantos sentimentos.
Mas é bom deixá-las gravadas.
A vida passa muito rápido e se deixamos o tempo leva tudo, apaga as lembranças. Como nuvens que encobrem o sol.
Durante esta doce tarefa, muitos momentos vão voltando a minha memória, como a luz do sol escapando por entre as nuvens e desejo ampliar a lista.
Acho que meu baú de boas lembranças está mais cheio do que eu pensava.É um exercicio maravilhoso, pois me é muito fácil lembrar os maus momentos, faço isso automaticamente, mas os preciosos momentos, ah, estes são como roupas e louças de gala: só aparecem de vez em quando.Não quero mais isso: quero usar tudo o que é bom o tempo todo.Chega de lembranças e calças surradas!
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