Quero um kamura pra mim...

Apesar de não ter gostado nada da baixaria que os boatos maldosos transformaram esta eleição, não tomei as dores de Dilma. Não acho que ela será uma boa presidente como também não confio nada no José Serra. Por isso votei nulo. Votei sim, e daí? É meu jeito de expressar que não gosto de nenhuma das duas propostas apresentadas.Mas vamos deixar de lado isso.
Eu quero mesmo é  falar sobre Celso Kamura, o cabeleireiro que acompanhou Dilma durante toda a campanha e que transformou aquela criatura antipática que a candidata era (e que acho que ainda é) nesta imagem eficiente e simpática que aparece nas telas.
 O cara é um gênio! Que mágica foi aquela? Como ele conseguiu fazer esta obra prima naquela tela mal gasta que era a Dilma?
O cabelo deu a impressão que ela é magra, carinhosa e sábia e  a maquiagem dos olhos dá a impressão de que ela é boa e sincera. A gente quase não percebe aquela boca de dentes irregulares que não desmente a verdadeira natureza difícil da criatura.

 Eu  vi o Kamura no intervalo de um debate, presente, concentrado, atento, sem deixar que um fio do cabelo dela saísse do lugar. Ele estava em posição de ataque,como um jogador de volei que dá o saque final de uma partida. Dizem que ele é um chato, mas caramba, como é competente!
Digam que foi marketing, que foi transferência da popularidade do Lula, o momento econômico...mas para mim, a eleição foi decida por uma questão capilar.Quando o Serra fala, tudo que vemos é aquele olhar esbugalhado, aquele jeitão de senhor Burns(o chefe do Hommer Simpson). Quando olhamos para a Dilma vemos aquele cabelo de mulher rica e magra, aquela maquiagem impecável que a transformou de megera insuportável na amiga mais velha que  sabe o que faz e na qual nos espelhamos.
Fantástica ilusão!
Eu queria ter um Kamura pra mim...