sexta-feira, dezembro 27, 2013

O prazer de nunca estar satisfeito

   Sempre tive uma visão muito particular do livro o Pequeno Príncipe, que não tem muito a ver com o que  todos dizem, de que o livro fala sobre amizade, respeito, tolerância. Já vi até mesmo uma versão subversiva de que o autor gostava de meninos...

            Para mim, o principezinho representa um rapaz do bem, que vivia no seu pequeno mundo de casa, família e escola, até que aparece o que a seus olhos parece ser a mais bela e especial das garotas do mundo inteiro(a rosa) . Ele se apaixona cegamente e começa a fazer tudo por ela,  e ela, que  é uma dessas garotas mimadas, que se acha, o sufoca de exigências. Faz sentir-se culpado por não cuidar direito dela, porque tudo que ela quer é que ele continue ali, na sua "friend zone".

               Ele não aguenta a pressão e se afasta. Ela sabendo o quanto ele lhe era útil, até lamenta, mas sabe que ele não é o que ela quer, afinal, ela se acha. Ela não gosta do amor, gosta da sedução e imagina que pode seduzir outros, sem notar que no seu mundinho ele é o único que existe!

                  E o principezinho foge, e amplia seus horizontes, conhece outras pessoas e uma garota a seu ver comum ( a raposa). Ela é  leal, amiga, tem inteligencia para lidar com as emoções e não cobra nada, apenas o que está disposta a dar em troca.Que criar laços, corresponder plenamente ao amor que recebe. Ela não prende nem o sufoca, sabe que um dia ele irá embora e se contenta em viver o momento e ter boas recordações. Lembram-se quando ela diz:"o trigo, que agora me é inútil, me fará lembrar de ti, assim eu amarei o trigo."

                  Como o príncipe não sabe lidar direito com a maturidade e experiencia da raposa, nem  com os sentimentos que foi capaz de provocar ("Está vendo,está chorando! Mas foi você que me pediu que a cativasse, mesmo sabendo que eu não ia ficar") , não a compreende. Essa que deveria ser a relação perfeita, de troca equilibrada, não o satisfaz. Ele sente falta daquele carrossel de emoções, daquela instabilidade e quase perda de si mesmo  que tinha com a rosa. 

                     Mesmo ao perceber que existem milhões e milhões de garotas tão belas como ela,a parte em que ele conhece o roseiral, ele não se importa! Sente falta da sua Rosa e é capaz de morrer para estar ao lado dela novamente... E a raposa o deixa ir, não sem antes mostrar que o que faz a rosa tão especial não está na rosa e sim no sentimento que o príncipe nutre por ela. Ele é que é especial.

                      Para mim foi isso que o autor quis dizer com aquele livro. Bem diferente do que as pessoas que gostam tanto dessa leitura sentem, mas que me ajudou a enxergar o ângulo certo, ou a ter uma perspectiva que certas coisas que passei. 

                        Na vida, nem sempre valorizamos o que é bom e vem fácil, apesar de desejar tanto que as coisas sejam mais simples! E nem sempre o que dá  trabalho para conseguir é o melhor para nós. Nem sempre o melhor é o que queremos. As vezes buscamos o incerto, o desconexo, o torto,o assimétrico!

                         Muitas vezes na minha vida eu fiz escolhas assim, me baseando no que fazia meu coração bater mais forte. Foram as melhores? Possivelmente não, mas nossa! Como me senti viva ao faze-las! Me arrependi depois? Em parte....

                          Se eu fosse de dar conselhos, e eu não sou, se fosse um filho meu na situação do principezinho,  aconselharia que sempre optasse pela raposa, se afastasse de todas as rosas espinhentas do mundo, que elas não acrescentam nada, apenas  são fúteis e fazem sofrer mesmo sabendo que é inútil. Quando se ama uma rosa, conselho não adianta,não há muito o que se fazer além de ir buscar a redoma, a molhador e suportar os arranhões...
                              
                            Eu queria mesmo era que o príncipe tivesse ficado com  a raposa.






quinta-feira, dezembro 26, 2013

Os cinco dias até o ano novo

Machuquei meu pulso no natal. Fiz trocentas rabanadas, carne assada com batatas, salada de frutas secas, ganache de chocolate branco e normal e ainda uma seleção de frutas. Foram essas frutas que acabaram comigo: o cesto estava muito pesado e inventei de levanta-lo sozinha... O que eu estava pensando??? Sei que já não tenho os ombros, punhos, coluna lombar e cervical como eram antes. Se fico parada dói, se uso muito dói também...
Mas as rabanadas  ficaram divinas, sublimes, nuvens fofas de sabor e doçura, nem acredito que fui eu que fiz!(orgulhinho gastronômico de rainha do lar!)



Ontem eu não consegui fazer nada, meu pulso doía muito! A cozinha estava uma bagunça, fedendo a ovo, mas aguentei firme e não mexi em nada até a dor melhorar. Hoje deixei tudo brilhando e me senti feliz! Gosto tanto da minha cozinha assim, limpinha, cheirando a flor e a canela!

Agora são os dias calmos que antecedem o ano novo. Aqueles cinco dias que parece que o tempo parou , os verdadeiros dias de descanso em que eu só fico em casa, brincando com os filhotes, navegando, lendo...São os dias em que sou só o que quero, que faço só o que quero, sem obrigaçôes nem rotinas!

terça-feira, dezembro 24, 2013

É Natal!

A você, meu amigo que vejo todo dia, que vejo só de vez em quando ou que só vejo na internet:
Eu estou pensando em você hoje porque é Natal, e eu lhe desejo felicidade.
E amanhã, porque será o dia seguinte ao Natal,
Eu ainda lhe desejarei felicidade.
Eu posso não ser capaz de lhe falar sobre isto diariamente,
Porque eu posso estar ausente, ou nós podemos estar muito ocupados.
Mas isso não faz diferença
- Meus pensamentos e meus desejos estarão com você da mesma forma.
Qualquer alegria ou sucesso que você tenha, me fará feliz. Me iluminará por todo ano.
Eu desejo à você o Espírito do Natal.
FELIZ TODO DIA!


segunda-feira, dezembro 23, 2013

natal branco

Chove muito e faz frio agora. Não estou reclamando, gosto das duas coisas. Aliás, gosto das três:chuva, frio e natal.
Neste natal fiquei responsável pela carne, frutas e rabanada diet sem lactose... Não encontrei leite condensado sem lactose, desconfio até que não existe mas acho que a receita que peguei na internet vai dar boas rabanadas.
Joguei minha (enorme) árvore antiga fora e fiz a mais singela das árvores de natal:



Eu gostei, ficou delicado. Antes eu abusava do direito de ser natal e cobria a casa de pisca-pisca, botinhas,árvores e balangandãs.  Ficava cansativo, não via a hora de desarmar tudo.Durante a reforma do apê, jogaram minha caixa de enfeites de natal fora e me senti livre para começar uma nova tradição: meu natal agora e minimalista, branco com toques de turquesa!

Um feliz natal a todos vocês!

sexta-feira, dezembro 20, 2013

Crazy About the Boy


Terminei de ler o último livro da Helen Fielding. Bridget Jones, Louca pelo garoto.

O livro é legal mas muito caricaturado. É meio triste ver que aos 51 anos Bridget volta ao mesmo ponto que a deixamos: contando calorias, lendo livro de auto ajuda e em busca de  amor...Não sei você, mas esperava que ela estivesse feliz e bem resolvida, com uma careira estabelecida na televisão mas ainda bem trapalhona!

A autora manteve muitas características da Bridget Jones que conquistou o mundo, o que é um ponto positivo, mas estranho: que mulher é essa que depois de tantos anos, de um casamento,dois filhos e viúva não muda nada?
  Acho mesmo que ela abusa de situações envolvendo sua tentativa(frustrada) de virar roteirista,sujeira de criança, bagunça, piolho,cocô, vômitos... no começo é engraçado mas vai ficando cansativo... Eu sei, eu sei que nosso sentido de higiene muda muito com a chegada dos filhos. Agora que sou mãe posso passar umas  horas falando  sobre cocô e xixi mas não é legal de ouvir.
O título do livro perde muito na tradução. "Louca pelo garoto" é  uma música(não é a melhor) de Dinah Washington.


Encontramos Bridget Jones  com 51 anos,4 anos após a morte do Sr. Darcy, (por que Fielding matou o personagem???) A história mistura drama e comédia.
Bridget tem dois filhos pequenos. O garoto é um clonezinho do pai, uma coisinha fofa e a garota com certeza vai ser uma Bridget da vida. Os amigos continuam os mesmos, apenas a feminista saiu de cena, dando lugar a uma "cougar" típica.Bridget continua contando calorias, fazendo metas impossíveis e lendo livros de auto ajuda. Tem uma longa  fase que fica obcecada pelo twiter e por um cara de 30 anos .
Vale a leitura, sem duvida, mas fica aquela sensação de que essa história podia ter sido contada com outra personagem.
Ia ser bom se ela tivesse feito o livro contando como foram os anos de Bridget casada com Mark Darcy,o casamento, a ascensão profissional,as viagens, as brigas, a chegada dos filhos, enfim, os anos depois do viveram felizes para sempre...

terça-feira, dezembro 17, 2013

Voltando

Ok, dona Clê, chega de leseira!Tanto tempo querendo tirar seu Caderno Colorido de dentro do armário e enrolando... Já passou da hora!
Tenho escrito pouco, porque ando lendo muito! Desde que entrei no Bookcrossing, e comecei a recolher e deixar livros em locais públicos, andei  recebendo muitos livros legais para doar e, claro que antes de doar eu queria ler!
Os livros sempre foram meus melhores amigos nos tempos difíceis e mesmo agora, que as coisas estão boas, sinto que não posso ficar longe deles.
Tenho muito orgulho de ter passado esse gosto p minha filhota. Ela é fascinada por livros e que Deus a conserve assim. Sempre teremos um prazer delicioso p compartilhar.
Agora estou lendo esse aqui:
Toda mulher da minha geração riu e chorou com as trapalhadas dessa personagem! Confesso que não estou gostando muito desse terceiro livro. Acho que a autora fez uma caricatura da mãe de filhos pequenos e abusa das situações cômicas que envolvem bagunça, sujeira, vômitos etc... Mas como sou brasileira e não desisto nunca, vou ler até o final antes de expor minhas conclusões .